segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Cuidados contra a dengue em condomínios

Ralos externos, canaletas para drenagem da água da chuva e fossos de elevador podem ser potenciais criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Especialistas alertam que, com o aumento da temperatura no Rio de Janeiro, que propicia o desenvolvimento do inseto, é preciso aumentar os cuidados com as áreas comuns dos condomínios.

“É importante que cada condomínio tenha uma pessoa responsável por verificar a existência de possíveis focos. Isso tem que fazer parte da rotina, deve ser feito semanalmente, para impedir que ovos se transformem em larvas e mosquitos”, afirma Antony Érico Guimarães, especialista em mosquitos da Fiocruz.

Gerente do programa de Dengue da Secretaria Municipal de Saúde, Elisabeth Proença recomenda que os condomínios instalem telas com tramas de 1 milímetro nas canaletas, para impedir que se tornem focos. “As telas têm que ser mantidas íntegras para terem efeito. Outra possibilidade é colocar sal duas vezes por semana na canaleta porque o sal impede a colocação de ovos de mosquitos”, explica.

Teledengue

A vigilância contra o mosquito ganha a partir de amanhã um adversário de peso: pessoas que tiverem medo de abrir as casas para os agentes de saúde poderão consultar, pelo telessaúde, se quem bate à porta é um agente e se deveria estar atuando naquela região.

“Um dos nossos objetivos é diminuir a pendência. Muitas pessoas não abrem suas casas por medo da violência. Com um telefonema, ela poderá checar a identidade do agente e ter a certeza de que está recebendo um profissional”, diz o secretário de Saúde e Defesa Civil, Hans Dohmann.

Segundo o secretário, o telessaúde — que funciona 24 horas no número 3523-4025 — terá profissionais treinados que atenderão exclusivamente ligações sobre dengue. “A população poderá solicitar vistorias. E se houver muitos pedidos em uma região, por exemplo, poderemos promover um mutirão”, explica o secretário.

Desde o início do ano foram notificados 21 casos de dengue na cidade. Em janeiro do ano passado foram 752 e, no mesmo mês de 2008, 11.927. Apesar da queda, o secretário afirma que não se pode descuidar. “Estamos na época de intensificar o trabalho para ter um verão tranquilo”, afirma.

Fonte: O Dia

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